sexta-feira, 30 de julho de 2010

O GRANDE HOMEM

O grande homem mantém o seu modo de pensar independente da opinião pública.
É tranquilo, calmo, paciente, não grita e nem se desespera.
Pensa com clareza, fala com inteligência, vive com simplicidade.
É do futuro, deixando o passado de lado.
Sempre tem tempo.
Não despreza nenhum ser humano.  Não é vaidoso.  Não anda a procura de aplausos.
Jamais se ofende.
Possui sempre mais do que julga merecer.
Está sempre disposto a aprender, mesmo das crianças.
Ama, pensa, analisa, compreende.
Dinheiro ou posição social, aparência, não têm significado para o grande homem.
Só lhe importa o que cada um é.
Despreza a opinião própria, tão logo verifica seu erro.
Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos tacanhos.
Respeita somente a verdade.  Tem mente de homem, mas coração de menino.
Conhece a si mesmo.
Sabe que a conduta honesta e o exemplo de vida pelo trabalho lhe dão tranquilidade de consciência e ajudam a viver melhor.

Novamente um "pinga-fogo" daqueles


Excelente a ação de alguns amigos e vereadores da cidade de Bady Bassit que vão fazer um protesto no próximo sábado a partir das 10h quando pretendem fechar a Rodovia BR 153 por pelo menos 30 minutos.
O objetivo do protesto é chamar a atenção para a paralisação das obras do trevo de acesso ao município, bastante perigoso e que tem sido causa de muitos acidentes além de tempo perdido por quem trafega diariamente pelo local.
O Governo do Estado de São Paulo que tem negligenciado em muito com este e outros assuntos, ainda tem questões pendentes na região como a duplicação de rodovias importantes, dentre elas a Assis Chateaubriand.
Independente de prejudicar, por algum tempo, alguns motoristas que precisarem passar pelo local, vale dizer que a ação visa o benefício de todos, inclusive destes que estarão impedidos de passar.

Glória a Deus que, pelo menos por enquanto, a candidatura de Paulo Maluf está impugnada.  O indivíduo que já é deputado federal (pois alguém votou nele), estava tentando se reeleger.  A impugnação ocorrida por obra do PRE-SP, tem por base a Lei Ficha Limpa.  A história política de Paulo Maluf é conhecida de boa parte de quem se interessa realmente por política no Brasil. 
Sua assessoria informa que deverá recorrer da decisão.

O Ministério Público de Rio Preto sugeriu rodízio de veículos no centro para desafogar o trânsito nas áreas centrais da cidade.  Agora eu pergunto:  o centro tem problemas de trânsito há muito tempo e a prefeitura local ainda estuda a hipótese de criar um estacionamento subterrâneo na área central?  Para quê?  Para atrair mais carros para a área central.
Em muitas cidades desenvolvidas do mundo a solução para a grande quantidade de carros em centros movimentados sempre foi o transporte coletivo.  Em Rio Preto parece que "tudo" sempre corre contra a correnteza.

Falando em Rio Preto, não é incrível?  Um dos vereadores mais sérios da Câmara (Pedro Roberto - PSOL) corre o risco de ser denunciado pelo Conselho de Ética da cidade, cujo presidente deseja sua cassação, por conta de uma questão envolvendo a compensação de horas do assessor do vereador em prol de um curso de Direito que realizava em parte do horário de expediente. 
Eu gostaria que o Conselho de Ética "desse um pulinho" até as ruas para ouvir o que as pessoas em geral estão comentando.  É que às vezes, por ficar muito tempo preso nos gabinetes, certas pessoas não ouvem certos comentários que se fazem a respeito de sua atuação. 
A Câmara de Rio Preto não pára de me dar arrepios.  Estes dias, mais uma vez, não aprovou a ida de um Secretário Municipal para prestar esclarecimentos.  De que serve o Legislativo senão para a fiscalização ao executivo, discussão de temas relevantes à população em geral e ouvir todos os lados em debates intermináveis?  Estou passando a acreditar que devia haver concurso público para o cargo de vereadores.

Para quem está em dúvidas quanto ao processo eleitoral deste ano, estão divulgando um e-mail na internet sobre candidatos envolvidos em escândalos e outras "improbidades".  Vale a pena dar uma olhadinha.  Na verdade, eu que tenho a mania de defender o voto distrital, já escolhi meus candidatos e também vou fazer minha pequena campanha (no carro, por e-mail e mesmo pelo correio).  É duro, pois fico perturbando os amigos.  É um costume meu de não ficar em cima do muro e defender projetos que acredito.  Quem sabe um dia passe.

Falando nisso, embora eu esteja filiado no PT e defenda em especial as candidaturas do partido, vale lembrar que tenho muito respeito pelo trabalho de outros tantos, inclusive gente que não está no próprio PT.  Espero realmente que, pelo menos no Congresso e Assembléia Legislativa, possamos ver gente diferente.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A história das coisas

Este filme é uma demonstração importante da força que a mídia exerce e que nos impulsiona ao consumismo desenfreado.
Recomendo assistir com o devido carinho.

A história recente do Brasil

Como já coloquei, este Blog tem o objetivo de levantar o debate e divulgar o pensamento de todo aquele que se disponha a discutir as grandes questões que envolvem nossa existência e nossa felicidade.
Abro as portas a amigos que aqui depositam suas mensagens e inúmeras vezes não comunguei com este ou aquele pensamento.
Mas acredito salutar receber das pessoas sua posição, esclarecimentos e mesmo informações que tenham disponíveis por conta de sua formação, vivência ou mesmo pesquisa pessoal.
Por conta disso, essa semana aprovei todos os comentários que depositaram na sequência dos artigos veiculados e li com carinho e respeito aos inúmeros e-mails que recebi, mesmo aqueles que fizeram sua crítica a meus posicionamentos.
Ainda mais se tenho perspectivas e sonhos de que um dia o socialismo venha a brilhar em nossas terras, devo divulgar o pensamento de tantos que já trilham sua busca com ardor e a isso se dedicam.
É o caso do amigo Felipe Silva que envia o texto abaixo, o qual passo a divulgar aos amigos para suas análises, comentários ou debate.

A HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL.


“A fome leva o povo a pensar com o estômago, a lógica das cestas básicas é manter a dominação” (Lula, 2000)

O Partido dos Trabalhadores crescia rapidamente na década de 1980. Perguntavam Vladimir Palmeira e Carlos Vainer em artigo publicado na Revista Teoria & Debates do PT (No. 08/1989): “O PT é ameaçador ou ameaçado?” Diziam estes petistas “o crescimento por que temos passado não é feito exclusivamente de acumulação de forças; um dos seus componentes fundamentais consiste na incorporação do PT de forças dinâmicas cada vez mais heterogêneas”. Ou seja, o PT era uma Frente de Esquerda composta de várias tendências anticapitalistas e socialistas. A história mudou e o petismo transformou-se no “lulismo sócio-neoliberal”. Hoje Dilma, Serra e Marina disputam o mesmo espaço político. São defensores do grande legado do período FHC: a política macroeconômica. Procuram convencer eleitorado que são os melhores para gerenciar o capitalismo dependente. Delfim Neto não para de elogiar: Lula “salvou” o Brasil da crise. Os lulistas têm demonstrado uma competência ímpar em administrar o capitalismo, “gerenciar a miséria”, os Movimentos Sociais, a CUT etc. Alertavam Vladimir e Vainer: “cresce o número de militantes petistas aferrados a posições burguesas, mandonistas, prepotentes embevecidos com as migalhas de poder burguês que detêm.” E hoje o pensamento único do continuísmo domina o cenário político, o lulismo se fortalece causando invejas aos seus opositores. Já há desesperados cerrando os dentes! Na mesma revista T&D dizia Florestan Fernandes: “O golpe de Estado de 1964 abriu a rota para o Desenvolvimento Econômico Acelerado. O setor militar tomou como meta a estabilidade política a qualquer preço, oferecendo ao grande capital estrangeiro e nacional uma oportunidade histórica única (1989).” E atualmente, em 2010, os títulos da “dívida interna” brasileira pagam os maiores juros do mundo! O Brasil transformou-se no destino de grandes especuladores internacionais que buscam alta rentabilidade, isenção tributária e total liberdade para super-explorar a classe obreira, os “bóias-frias” podam mais de 8 toneladas de cana/dia. Só no ano passado gastamos mais de um bilhão de reais de juros por dia em função da dívida pública. É óbvio que temos de reconhecer que FHC e Lula avançaram a educação, mas, segundo dados do PISA (2006), 70% dos jovens de 15 anos não têm noções básicas de matemática. Diz Pochmann: “O Chile possui 85% dos seus jovens no ensino médio. Para o Brasil atingir situação equivalente precisa incluir 5,7 milhões no ensino médio, o que exigiria a contratação de 510 mil docentes e a construção de 47 mil salas de aulas” (Fórum, 2009). Enquanto 36% do Orçamento Total são comprometidos com a Dívida Pública gastamos em educação só 2,8%. Grande parte do que se arrecada em impostos é para pagar o serviço da “dívida”! E quem ganha menos de 2 salários mínimos paga 49% de seus rendimentos em tributos enquanto o percentual não passa de 26% para quem ganha mais de 20 salários. Esta é uma das causas da miséria proletária.
Felipe Luiz Gomes e Silva- felipeluizgomes@terra.com.br

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pedido Formal de Desculpas

Recebi, neste fim de semana, dezenas de e-mails comentando minha filiação ao PT, divulgada em artigo anterior.  Alguns elogiando, outros condenando muito...
Um me chamou bastante a atenção.  Me cobrou de forma agressiva o fato de eu não ter declarado minha amizade e proximidade com outras pessoas marcantes do PT.  Chegou a sugerir que eu só me lembrei das "estrelas".
Sim, peço desculpas.  Apenas coloquei no artigo, pessoas que tinham exercido algum cargo público e portanto são mais conhecidos em geral ou os atuais agentes de minha filiação.  Acabei descartando tantos amigos leais e queridos, por certo com medo de esquecer algum, bem como aqueles que já não figuram mais nos quadros do partido. 
Mas vá lá... Minha ligação com o PT passa pelos laços verdadeiramente afetivos com diversos personagens como Valdir, Silvestre, Magno, Paulo Ramires, Celi, Dêla, Valéria, Matsuel, Júlio, Isabel, Cidinha, Mirna, Jairo, Marcio Ladéia e inúmeros outros como os que não pertencem mais ao partido, mas foram petistas históricos, dentre eles Clayton Romano, José Carlos Galvão e Ademar Bartolomei, este último grande companheiro de reflexões constantes.
Como fica claro, sempre estive preso a este grande grupo, atado por laços ideológicos, afetivos e até mesmo conflitantes, em certos casos, sem nunca perder o respeito.
Espero ter sido mais justo, embora com certeza, tantos tenham ficado novamente de fora.

sábado, 24 de julho de 2010

No PT... quem diria.


Fundado em 1980 por um grupo que reunia intelectuais de esquerda, católicos da Teologia da Libertação e dirigentes sindicais, o Partido dos Trabalhadores, PT, mais tarde realizaria lutas indiscutiveis para a consolidação da democracia no Brasil e para uma mudança geral nos conceitos de exercício político.
Embora com grande afinidade junto a partidos comunistas e reunindo uma grande soma de marxistas impedidos de agirem pela repressão militar vivida pelo país na década de 70, o PT jamais se declarou marxista, apresentando um sinal de socialismo democrático e rejeitando os modelos soviético e chinês de socialismo.
O partido nasceu com uma postura crítica aos partidos social democratas e embora tenha suas bases incritas por grandes pensamentos marxistas, procurou não deixar de lado algumas idéias espontâneas de grupos sindicais que correspondem num grande percentual do DNA petista.
Como em diversos setores da política, o PT reúne contradições, embates internos e divisões entre seus membros, mas consolida-se como um partido de esqueda, de massas e de estreitos laços com a proposta socialista.
Hoje, detentor do poder na Presidência da República, resta a luta pela manutenção do projeto diante da substituição daquele que seria seu maior representante, o sindicalista Luis Inácio da Silva, o Lula, por sua substituta a ex-ministra Dilma Roussef.
Envolvido em algumas questões tidas como "prática da direita", como o denominado "mensalão", o PT sofreu vários golpes e muitos de seus grandes membros e sustentáculos, tiveram que se afastar da visibilidade e do governo.
Perdoado por boa parte de seus filiados e simpatizantes e reconhecido como desvio de momento, fruto de uma situação "pró governabilidade", o partido continuou realizando grandes mudanças no cenário nacional.
Durante seu governo, muitos membros da elite, praticantes contumazes de tirania e roubalheira, "chefes" e colarinhos brancos de toda ordem foram perseguidos, presos ou respondem na justiça.
Enfrentando uma contra-propaganda patrocinada por boa parte da mídia e fruto ainda de um resquício anti-comunista norte-americano reinante, o PT conserva um excelente índice de aprovação entre a população em geral.
Sem aglutinar os militantes da esquerda tida como "radical", que condenam a prática clientelista ou de proteção a setores do Capital, o partido continua sendo o oposto ao regime "direitista" que deseja voltar ao poder a todo o custo.
Num ampliado arco de aliança política, busca a eleição de governos como o de São Paulo, há 16 anos nas mãos do PSDB.
É neste partido, rico em história, contraditório, mas gigante em todas as suas esferas, que depois de 27 anos de militância política, eu me filiei.
Foi ontem durante uma visita de Ricardo Berzoini (ex-ministro da previdência e ex-presidente nacional do PT) à cidade, em uma plenária "ao ar livre" na Avenida Bady Bassit, convidado por meus companheiros Edimilson Gaspar e Carlos Henrique de Oliveira.
Minha história na participação política não é toda digna de orgulho.
Ex-fundador do PSDB, não por convicção, mas mais por ingenuidade, num momento em que grande parte dos integrantes do PMDB se dividiam entre PSDB (mais a esquerda) e PFL (à direita).  Fui mais tarde integrante do PPS, querendo acreditar ser aquele partido herdeiro do PCB de Prestes, filiado então diretamente ao PCB e partícipe de sua reconstrução na cidade de Rio Preto e por fim, militante do PSOL, por afinidade a boa parte de suas propostas e a gente séria como Pedro Roberto em Rio Preto e Plínio de Arruda em São Paulo.
Encontrei-me e dividi palanque com gente inesquecível.  Meu iniciador político o ex-vereador Carlos Feitosa, seu grande parceiro das brigas o advogado Waldemar Alves dos Santos, petistas históricos na cidade como Eni Fernandes e Marco Rillo, o velho Roberto Vasconcelos e tantos outros que deram suas energias na construção de projetos para Rio Preto.
Foi numa destas empreendidas que, integrante de uma ampla frente partidária, vim a fazer parte da Secretaria Municipal de Governo, convidado por Feitosa e Edinho Araújo, então prefeito.  A implantação e organização do Fórum de Associações de Moradores foi o ponto alto daquele instante.
Mas sempre estive próximo a petistas.  Constante e incansável eleitor de Lula, muitas vezes numa gritante infidelidade aos partidos que integrava.  Eleitor assíduo do Senador Suplicy.  Fui também propagandista de govenadores e deputados petistas umas cem vezes.  Nunca escondi minha simpatia pela estrela vermelha, tendo sido inclusive assessor da vereadora petista Eni Fernandes, na Câmara de Rio Preto.
Ser agora recebido no Partido dos Trabalhadores e a convite de grandes companheiros, numa ficha abonada pelo próprio ex-ministro e por um grande militante local, o guerreiro João Paulo Rillo, resgata um pouco desta minha imagem e devolve minha vontade de lutar pela causa "socialista", que nunca abandonei de fato.
Estou verdadeiramente feliz.

sábado, 17 de julho de 2010

Lembretes e Informes

Já ganhei diversos presentes na vida e recentemente meu irmão surpreendeu-me com um presente pra lá de importante para mim, pois me ajuda tanto nas questões pessoais, quanto profissionais.
Contudo, na noite passada, em visita a meus pais e a minha casa, meu irmão e sua mulher me presentearam com algo acima de qualquer valor financeiro. 
Uma coletânea de músicas incríveis e que me calam fundo n'alma.
Com isso ficou demonstrado o quanto me conhecem bem. 
Já me disseram que consigo colocar fundos musicais no blog.  Se eu realmente conseguir, todos os meus visitantes serão brindados com algumas destas pérolas.

E a Associação Esportiva Monte Carlo que deu de 3 a 0 neste sábado!!!  Meus dois filhões mais velhos estavam lá.  Graças ao trabalho excelente do técnico José Antônio, da Magda, madrinha da equipe e de outros garotos fantásticos e seus pais, tivemos um sábado muito bacana.  Parabéns moçada.

E por falar nisso, meu timão não começou nada bem.  Depois de assistir à Copa do Mundo, iniciar a temporada nacional com o jogo Corinthians e Ceará não empolgou.  Esperamos melhoras para o "daqui pra diante".

Nesta sexta recebi a visita de meus preciosos amigos Nio, Balanga, Ski, Sandy e meu irmão, estes dois últimos com as respectivas esposas.  Fazia tempo que não ria tanto e me divertia com essas grandes figuras.  Valeu, pessoal.

domingo, 11 de julho de 2010

Beraká II - O jantar de Dilma

Um amigo esteve em minha casa neste último sábado e perguntou-me se eu havia estado presente no Beraká II havido em Rio Preto na última quarta.
Eu que estivera em São Paulo, não entendi a piada e quis saber do que se tratava.
Ele então comentou-me sobre a vinda da ex-ministra e atual candidata à presidência pelo PT, Dilma Roussef a Rio Preto.
A feliz comparação se dá pelo seguinte:
Se na festa católica fica manifesta a presença de membros da direita da Igreja, no Jantar da candidata foi nítida a presença da direita política representada pelos usineiros e outros seletos membros da sociedade riopretense em um destacado lugar de confraternização da elite local.
Fui então tomar pé da situação e saber do que se tratava.
Na verdade, na terça-feira, havia me encontrado com um amigo do PT na esquina do fórum, que comentou-me, por alto, da vinda da "minha" opção de voto para a presidência, no dia seguinte. 
Estranhei um pouco, pois acreditava que se algo assim fosse acontecer (a visita de um candidato à presidência), um verdadeiro barulho aconteceria na cidade, pois é o que eu providenciaria se estivesse na direção do partido ou da campanha de tal candidato.  Todos ficariam sabendo, quilômetros distantes.
Por certo, todos os aliados, possíveis aliados, adversários, fazedores de fofoca e até "inimigos" políticos, seriam chamados por mim para tal evento.  O que mais me agradaria, seria o fato de não ter mais controle sobre a situação.  Gente vazando pelos ladrões, cadeiras faltando, seguranças perdendo a noção, jornalistas atropelando os esquemas... Adversários se comprometendo pela ausência ou pela presença "voluntária". 
Eu ia querer ver tudo isso nos jornais do dia seguinte.
Pensei então, como eu, que embora desligado de algumas notícias, sendo ligado a certos companheiros do PT de Rio Preto, sequer estava sabendo? Recebo e-mails e convites para encontros de jovens, palestras, plenárias, audiências públicas... Logo para manifestar apoio, ainda que pelo lado de fora do evento, à minha candidata declarada, não o seria?  Não que eu faria falta, ou alguma diferença.  Contudo, falo quanto ao fato de haver um cadastro a ser posto em alerta em situações como esta.
Moral da história: deletei a informação.  Devia ser boato.
Agora, vindo da Capital paulista, restou-me apenas acompanhar as notícias.  Mas não foram tão boas.
Lamento pela candidata, que perdeu muito com isso.  Me lembro que em outros tempos, haveria coletivas à imprensa, carreatas, discurso na câmara ou na praça para todo o tipo de gente ver e ouvir e só depois, no final, algum jantar ou encontro mais formal ou fechado.
Não estamos fazendo a Campanha do ACM, mas da candidata do presidente Lula.  Não é o partido Republicano do Tio Sam, mas o popular PT do Brasil.
A candidata, não pertence a este ou aquele grupo ou partido, mas a um grande e amplo arco de alianças, de anônimos e sobretudo de defensores de constantes ataques.  Defensores estes que se valem de internet, e-mails, rodas de amigos. 
Entendo que haja necessidades especiais em uma campanha (como falar para empresários).  Mas cá entre nós... Hoje, aqui e neste momento, isto era, sem dúvidas, o menos importante.
Que pena.  Que erro de avaliação.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mapa Mundi

Este mapa que recebi e que necessita de alguma avaliação, parece muito bom.  Espero que os amigos e visitantes o vejam.  Assim, anexo abaixo seu  link.  Quando clicar sobre o país, aparece a população, os nacimentos e mortes diários e a emissão de gases na atmosfera.

http://www.breathingearth.net/

sábado, 3 de julho de 2010

Numerologia ou Matemática

Um amigo me enviou um e-mail com o texto abaixo no dia 18/06.  Em que pese a piada, está começando a fazer sentido.

Quem ganhará a Copa do Mundo 2010?

O Brasil ganhou a copa do mundo em 1994. Antes disso, sua última conquista do título foi em 1970. Se você somar, 1970 + 1994 = 3964.
A Argentina ganhou a copa do mundo em 1986, antes em 1978. Somando, 1978 + 1986 = 3964.
Já a Alemanha ganhou a copa em 1990. Antes disso, foi em 1974. Somando 1990 + 1974 = 3964.
O Brasil ganhou a copa do mundo de 2002, e também foi o vencedor da copa de 1962. Conferindo: 1962 + 2002 = 3964.
Seguindo essa lógica, o ganhador da Copa de 2010 será o mesmo que em 1954. Somando: 1954 + 2010 = 3964.
E a Copa do Mundo em 1954 foi vencida pela Alemanha...

De Pelé a Maradona


Torcer, no futebol, não é nada de anormal.  Torcer pelo time do coração ou então pelo país a que pertencemos é coisa pra lá de natural.
Em tempos de copa, isso fica ainda mais evidente e pessoas que nunca se interessam pelo esporte, acabam se reunindo com amigos e se paramentando de torcedores de primeira hora para torcer e vibrar.
Mas queria fazer algumas avaliações e gostaria de partilhá-las com amigos.
Primeiro - concordo que o mundo não viva só de trabalho e que a diversão deve também fazer parte integrante de nosso dia-a-dia.  Mas por que em tempos de jogo da seleção é permitido parar tudo, horas antes do evento, interrompendo e cancelando compromissos, entrega de encomendas, aulas e outros serviços, mas em outras instâncias como "greves" que reivindicam melhores condições de salário e trabalho, isso é absurdo e coisa de agitador e vagabundo?
Segundo - por que a maioria das pessoas adquire um patriotismo que beira ao fanatismo em épocas de jogos da copa, enfeitando casas e empresas, vestindo a camisa da seleção e embandeirando seus carros, mas em outras épocas acha brega as cores do país, desrespeita a bandeira e sequer presta atenção nas situações que envolvem a nação como escândalos no Congresso?  Por que usam faixas dizendo "o hexa é nosso", mas criticam quem usa um "fora Sarney", por exemplo?
Terceiro - por que torcem por um país distante, de realidade e história opostas a nossa como Alemanha, Itália e França, às vezes alegando laços de família de 3a ou 4a geração, mas torcem contra Argentina e outros irmãos de América Latina ignorando os laços de sofrimento, perseguição e irmandade que nos une?
Quarto - por que diante da derrota do seu país, em um jogo, provoca-se a degola de pessoas que ganharam outros tantos jogos para chegar até aqui?
Quinto - o que acontecem com as demais notícias do mundo que faziam parte dos noticiários em outras épocas e que dão agora lugar a 3/4 do horário do jornal interios tomados por notícias da copa?
Sexto - de onde vem esta ira de tantos brasileiros contra Maradona que ama seu povo, sua gente, teve um gesto super afetuoso com seus jogadores ao final da partida deste sábado?  Não pode ser por conta de seus vícios... Também não pode ser por conta de suas opiniões polêmicas... Temos ídolos brasileiros pra lá de viciados e gente pra lá de polêmica que são super amadas e dão "bananas" para os fãs, torcedores e público em geral.
Temos que tomar cuidado para não fazermos sempre o jogo de uma mídia que provoca na gente alegria e frustração em frações de segundos.
A mesma mídia que nos torna tão brasileiros para vender cerveja e televisão durante a copa, mas que obscurece o trabalho de gente séria no Senado, na Polícia Federal e em outros cantos e recantos do país.
Bem, com a saída do Brasil, ia torcer para a Argentina.  Com a saída desta, sou Paraguai desde criancinha.  Mas esta é só minha opinião.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O menino do quadro negro

Minha cunhada, Vanessa Batista de Andrade, enviou este conto que escreveu com excelência.  Em tempos de copa na África, muito bem vindo.


Tão voraz era sua vontade de aprender e apreender o que estava a sua volta, mas como muitos de sua idade o que lhe era permitido carregar, se reduzia apenas a um pedaço de giz e aquela pequena lousa, sua irmã de muitas horas leves, mas de momentos tão duros e pesados que só de lembrá-los, o ar lhe faltava.
Hoje a realidade já era outra, ele podia prender o mundo em pequenos pedaços de papel, não havia problemas de querê-lo prender apenas em seus pensamentos, pois em tempos passados era a única forma de não se sentir sozinho, suas memórias lhe faziam companhia e com elas sentimentos contraditórios, que lhe inundavam a alma. Revoltado com tudo aquilo escrevia por horas a fio para libertar aquele monstro que queria lhe calar, seus dedos já se apresentavam gastos, pois com saliva rabiscava o quadro na tentativa de preservar aquele pedaço de giz para algum aprendizado especial.
No fundo, ele sabia os “por quês”, e principalmente o “por que”, de apenas um pedaço de giz e um pequeno quadro constituírem seu material escolar. Desde pequeno sempre fora muito esperto, captava as coisas de longe, e agora nesta situação de sua sociedade de dupla cor, sabia que a intenção era deixar seu povo com uma memória tão curta que restasse apenas a resignação perante aquilo tudo. E por isso, se mantinha sempre atento aos acontecimentos cotidianos, para que no futuro pudesse de alguma forma mudar todo absurdo que se apresentava como natural.
E agora ele pensava, após tantos anos de prisão para mentes e corpos, o povo se molda e pouco pode esperar por grandes transformações, já dizia a antiga filósofa , após anos de contenção um arbusto se dobra a vontade de seu paisagista, era assim com os bonsais japoneses, e era assim com os seus. De tanto apanhar um animal aprende o que deve ser feito e quais são seus limites, e foi exatamente esta técnica usada em sua pátria para apartar pessoas.
Hoje sabia que isto, não era restrito ao tempo presente ou a sua sociedade, já há tempos remotos, os direitos eram apenas de poucos, o resto se contentava em colaborar com a produção social, mesmo que às vezes ficasse sem sua parte na partilha dos bens produzidos. Violência e dor, sempre foram empregados como recursos fundamentais no processo de organização e assim foi em sua infância. Contudo ainda hoje acordava em sobressaltos, com o coração disparado ao ser invadido por sonhos que insistiam em penetrar sua paz noturna.
Os meios de comunicação atuais, quando tratavam do ocorrido não conseguiam exprimir tudo aquilo que ele vira e sentira na pele, suas perdas, seus mortos, suas dores e seus ais. Hoje a notícia aparecia morna, como se tudo tivesse ficado para trás, juntamente com muitos de sua família e amigos, que agora jaziam sob a mãe terra que os acalentava no último repouso.
Para ele, nada o fazia esquecer quem era, e o que contemplara de seus primeiros anos à idade adulta, e se isso, às vezes ficasse esmaecido em sua mente, quando seus olhos furtivamente escapavam sobre uma superfície refletora de um vidro qualquer, e ele se deparava com sua imagem, não existia palavras amenas que o fizesse sentir diferente todo aquele processo que havia passado, já que a se ver no reflexo, recordava tudo o que acontecera em vermelho sangue e em preto-e-branco.
As leis de seu mundo lhe restringiram a compreender a realidade por meio de apenas três cores, uma delas era glorificada (o branco), a outra devia ser negada, subjugada e muitas vezes eliminada (o preto), para que a ultima cor se aflorasse por meio da contraditória violência do real (o vermelho). E com tristeza ele pensava hoje sobre aquele menino que foi um dia, que na flor da idade quando o mundo se estendia multicor a sua frente, teve que se abster do arco-íris para sentir o amargo cotidiano em branco e preto.
Não era somente a cor que lhe fora privado, seu olfato por anos teve negado os cheiros sublimes, porque tivera que viver em meio à privação sanitária, e as sombras eram constantes nos entardeceres, pois os recursos desenvolvidos pela humanidade como a luz elétrica era restrita e não permitida a todos de forma equânime, somente a lua cheia e algumas crescentes iluminavam os caminhos e em tornos das casas de sua comunidade, quando não eram surpreendidos no meio da noite pelo calor vermelho do fogo das tochas que queimavam as casas e corpos a sua volta.
Quantas vezes ele retratou o que viu em seu pequeno quadro, imagens de diversas nuances que traziam saudades recheadas de sentimentos com pequenos prazeres inefáveis: os conselhos dos pais aos filhos que aprontavam peripécias nas ruas; senhores de idade avançada sentados em frente a suas casas relembrando os momentos em que ainda jovens se aventuravam nas mais diferentes histórias, e agora repassavam tais experiências às novas gerações, que sentados aos pés dos “antigos” ouviam atentamente e se deslumbravam a cada palavra; os sorrisos de sua mãe, que como pérolas preenchiam sua vida de riquezas. Todavia, em certo momento de sua história, seu pequeno amigo começou a receber imagens densas e carregadas de angustia: altos brados sendo emitidos da boca vociferante de um homem a uma senhora de idade, que sem querer ultrapassou o limite permitido; cacetes que bramiam um som torturante ao impacto com a pele de um estudante que teimava em não se render as leis impostas; o soluçar de sua mãe, ao ver seu irmão sendo arrastado de casa pelos homens da lei etc.
Como dizer que agora tudo era festa? Como esquecer sua história recente? E dizer que o país hoje é multicor? Sempre o foi, mas sempre lhe fora negado tal impressão do real, o que era permitido era obedecer às regras, baixar a cabeça e entender sua posição de inferioridade perante aos outros iguais a si, mas diferentes devido à coloração de suas peles.
Quando pequeno conheceu um homem, um sapidus , que dizia que todos eram irmãos, bastava olhar para o jardim para entender isso, cada flor e planta eram diferentes, mas cumpriam uma única função, todos embelezavam o dia a dia com suas formas diferenciadas. Pobre homem, foi um dos primeiros a ser levado, diziam que ele deveria ter se calado a afrontar os mais fortes, porque a tendência no jogo de forças era sempre romper o lado mais fraco.
Mais fraco? Mas não somos nós descendentes dos grandes caçadores de outrora? – pensava ele. E então, onde está o gene que nos liga a estes grandes homens? Não é isso que a ciência demonstra através dos fósseis? Será que esqueceram isso? Ou melhor, nunca souberam verdadeiramente. E como poderiam, se como já sabem, quando o quadro ficava cheio de palavras escritas, tinham que apagá-lo para novamente enche-lo de novas palavras, e assim era com todas as crianças na escola, como seria possível reter conhecimentos mais profundos se sua realidade imediata não lhes permitia. Juntamente a isso a miséria já os sentenciava, com problemas de apreensão devido à falta de alimento e outros problemas mais graves.
Após anos de espera e de revolta, de luta e massacre do povo – que era a maioria, finalmente acabaram olhando e ouvindo esta parte do mundo. E após muitos protestos e acordos com órgãos internacionais, o “Mandiba” fora solto e o menino agora grande, pode sonhar com algo novo e quiçá colorido. Quiçá, porque não era certeza de mudança realmente profunda. A pergunta era: Será que a diferença realmente seria sobrepujada pela idéia de igualdade? Diferença que se mostrava visualmente pela cor de suas peles, mas que econômica e socialmente era sentida pela privação de tudo um pouco: de comida, de saúde, de educação e de respeito.
O tempo foi passando e alguns espaços foram realmente aceitando o diverso, a convivência foi sendo menos agressiva, contudo milhares dos seus estão agora sendo engolidos por um monstro que é invisível no cotidiano, mas que silenciosamente engolfa vidas e mais vidas, por meio de um vírus mortal. Outro problema que se apresenta de forma avassaladora, é que milhares como ele estão desempregados e vivem hoje nos mesmos bantus de antes, agora as grades que antes separavam os homens dos animais nos parques, foram empregadas para defender os condomínios luxosos dos antigos senhores. Então, pensava ele: a participação política que foi tão almejada por todos os não cidadãos, fora apenas um subterfujo para amenizar a ira daqueles que conseguiam romper com as técnicas de domesticação.
Neste momento o nosso menino olha atônito sua pátria, que parece sofrer de um mau súbito de loucura, como se: “o rei estivesse nu e não soubesse”, pois milhões de investimentos foram aplicados em campos de futebol e locais para as grandes seleções ficarem, mas se atravessarmos algumas ruas nas proximidades de tais construções, encontramos milhares de casebres e favelas, e pessoas que como em outros tempos estão apartadas.
Todavia o mundo os olha, os contempla e se emociona com a mistificação criada pela mídia, que vende uma imagem colorida e esportiva, na qual a competição é salutar, e não seletiva, na qual a proximidade entre os homens de cores diferentes não representa perigo, a não ser que estejam dentro de um campo correndo atrás da bola.
E assim neste dias recentes este menino que sobreviveu a tudo aquilo, escreve estas palavras, porque não consegue mais apenas guardá-las dentro de si, não consegue guardar para si o entendimento desta brutal construção do real a sua volta que lhe sufoca, e ele precisa gritar para o mundo, mas sua voz já é falha, e suas forças se esvaem como o tempo, por não possuir mais seu antigo quadro negro, digita este texto como forma de protesto.

Ser uma nova versão.

Muitas vezes eu me ponho a aconselhar pessoas.   Desde os filhos, companheira, amigos e até quem não pede conselho algum. Feio isso, né? A...